quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Aberto para (des)balanço

Podemos começar de novo? Ou ano menos começar de fato? Sei que não nos conhecemos mas ... eu não quero ser uma formiga. Quero fazer algo verdadeiramente humano. Não quero um canudo, quero momentos  humanos verdadeiros. QUERO VER VOCÊ E QUERO QUE VOCÊ ME VEJA. Não quero abrir mão disso. Não mesmo.
Podemos aceitar o confronto de nossas almas? Libertar os deuses corajosos e inconsequentes que nos habitam?
Parece que já nos encontramos ...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Casa

Duas visões de uma mesma coisa ...

Há casas e casas em nossas vidas. Percebo aquelas casas que respiram junto com quem mora nela. Pela manhã ela tem suas janelas abertas, é forçada a respirar com o mundo de fora, recebe uma rápida varrida e se esbalda com um pano molhado no chão. Ao chegar a tarde ela também cochila com os corpos jogados no sofá ... lentamente ela vai recebendo um pão quentinho e suas luzes vão se acendendo pra que ela seja vestida com uma boa roupa de se usar na noite. E assim vai até que ela seja forçada a dormir ... tendo todas as janelas fechadas, portas fechadas, tampa do vaso sanitário abaixada, luzes apagadas e silêncio imposto.
Por outro lado, há casas que se oferecem apenas como templos e não se disponibilizam a assumir, mas apenas a receber, as variações de humor dos moradores e convenções coletivas de como proceder no decorrer do dia sempre tendo como base o respeito ao tempo e natureza do outro.

Fica uma inquietação ...

Perceber até que ponto sua casa se faz mais amorosa pra você pode tornar seu convívio com ela muito mais prazeroso. Às vezes, ela só quer se disponibilizar enquanto templo e assumir sua própria organicidade. Pra que impor a ela uma disciplina fictícia da sua própria cabeça?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

No meio de flores

Um caixão com flores ao redor.
Uma situação nem sempre vista ou recebida com interpretações positivas.
Uma pessoa que faz sua passagem.
Amar ... ser amado!
Desde criança eu penso no enterro de alguém como sendo um ponteiro do quanto aquela pessoa é amada e de tempos em tempos essa imagem aparece novamente na minha cabeça ... com grande frequência o morto sou eu.
Deve ser pelo fato de que a morte faz com que as pessoas reflitam sobre o fato de serem todas igualmente importantes no mundo ... sendo simplesmente o que elas são.
É nessa hora que comparecem aqueles que sempre compartilharam abertamente o amor pela pessoa e aqueles que, por algum motivo, nunca se permitiram compartilhar verbalmente esse sentimento.
Hoje me veio mais uma vez esse pensamento no qual eu era o morto e eu tive a sensação de que se eu morresse hoje ... meu enterro estaria lotado e os presentes saberiam exatamente o que eu pensaria naquele momento.
Amo vocês!
Obrigado por serem as flores.