quinta-feira, 4 de agosto de 2011

No meio de flores

Um caixão com flores ao redor.
Uma situação nem sempre vista ou recebida com interpretações positivas.
Uma pessoa que faz sua passagem.
Amar ... ser amado!
Desde criança eu penso no enterro de alguém como sendo um ponteiro do quanto aquela pessoa é amada e de tempos em tempos essa imagem aparece novamente na minha cabeça ... com grande frequência o morto sou eu.
Deve ser pelo fato de que a morte faz com que as pessoas reflitam sobre o fato de serem todas igualmente importantes no mundo ... sendo simplesmente o que elas são.
É nessa hora que comparecem aqueles que sempre compartilharam abertamente o amor pela pessoa e aqueles que, por algum motivo, nunca se permitiram compartilhar verbalmente esse sentimento.
Hoje me veio mais uma vez esse pensamento no qual eu era o morto e eu tive a sensação de que se eu morresse hoje ... meu enterro estaria lotado e os presentes saberiam exatamente o que eu pensaria naquele momento.
Amo vocês!
Obrigado por serem as flores.

2 comentários:

  1. Estive lidando com flores feitas de flor e flores feitas de papel, durante algum tempo. As duas são e se parecem com flores. Uma das espécies age como tal. A diferença está em algum lugar que só os especialistas em especialidades especiais alcançam por sentidos inomináveis. Gente muito, muito amada, essa. Celebremos morte e vida.

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